Jeitinho.

Sempre que se aproximava a festa da cidade chovia serviços, os estudantes iriam desfilar na principal avenida, era necessário agendar horário para se fazer todo o serviço, tínhamos que fazer o chamado serão, trabalhar até mais tarde para dar conta de tanta faixa de tecido, além dos isopor que também nos era trazido para pintar letreiros e desenhos.
Agora entendo porque aqueles professores ficavam tão próximos de nós, nos elogiando e analizando o nosso serviço.
Na última festa praticamente não se viu faixa nenhuma feita por profissionais da cidade, ao invés disto foi usado tecido e tinta em "spray", apareceu artista como nunca se tinha visto, na grande maioria professores e alunos, mostrando seus dons artísticos.
Economizar, sempre foi a visão das escolas, pois na maioria das vezes os alunos eram quem pagavam as pinturas por nós feitas, agora eles resolveram não pagar, eles mesmos estão produzindo seus materiais para os desfiles.
Azar dos profissionais letristas, afinal sabemos da vida difícil de nossos estudantes, principalmente aqueles da rede pública.