PROJETO PARA CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES


5.3.1. Projeto Preliminar

OProjeto Preliminar é desenvolvido a partir do Plano Funcional e deve considerar os aspectos referentes à padronização, aos tipos de placas e aos critérios de seleção e ordenamento das mensagens. Nessa fase são definidas todas as informações constantes das placas, como referenciais, direções e conteúdos interpretativos, necessários para que os usuários tenham acesso e conhecimento dos diferentes atrativos existentes no local.


No que diz respeito à continuidade das mensagens e à compatibilização com o Programa de Orientação de Tráfego - POT Local, devem ser consideradas as mesmas recomendações dos itens5.2.1.1 e 5.2.1.2 .


Paralelamente ao planejamento gráfico e de textos, diretamente relacionados ao local de instalação e aos tipos de placa a serem utilizados, deve ocorrer o estudo para a definição dos critérios de colocação das placas.


As placas apresentadas no item 5.3.2 Detalhamento das Placas possuem variações de tamanho para melhor se adequar aos espaços disponíveis e à quantidade de informações necessárias.

5.3.1.1. Diretrizes


Conforme mencionado nos conceitos gerais, recomenda-se que a Sinalização de Orientação Turística para Pedestres seja adotada em áreas urbanas ou rurais, principalmente naquelas reconhecidas como patrimônio cultural por meio de legislação específica.


Vale ressaltar que o patrimônio cultural é o conjunto de manifestações imateriais, bens históricos, artísticos, naturais e arqueológicos com linguagem própria e que definem a identidade de um povo, podendo ser consagrado pela população, ou oficialmente, por meio do tombamento. Com a participação efetiva da sociedade, é possível conhecer, valorizar e preservar esse patrimônio.


Para compreendê-lo, é preciso que seja apresentado de maneira clara e acessível, tanto para os turistas quanto para os habitantes locais. Essa apresentação pode ocorrer de diversas maneiras, entre as quais, destacam-se as placas de sinalização para pedestres, do tipo direcionais e interpretativas.


As placas direcionais são fundamentais no processo de informação e sensibilização do visitante, permitindo que ele se localize com facilidade e realize o maior número possível de deslocamentos a pé, em roteiros de visitação estruturados, conforme detalhamento apresentado no item 3.2.1.2 -Definição de Caminhos Turísticos para Pedestres.


As placas interpretativas comunicam de forma planejada os significados do patrimônio cultural e natural, criando e transmitindo uma experiência singular ao visitante.


A Sinalização de Orientação Turística para pedestre deve ser articulada a outras formas de comunicação, integrada a um planejamento que garanta a coerência entre os roteiros sinalizados, os mapas e as publicações, a localização dos serviços de informações etc.


Antes de tudo, porém, deve-se estabelecer os critérios que determinam a real necessidade de cada placa, de forma a não faltar informações importantes, nem haver excesso de “objetos” na área. Quando coexistirem as duas modalidades de circulação - veículos e pedestres - deve ser dada prioridade à colocação de placas para atender aos usuários de veículos, uma vez que essa sinalização permite a leitura pelos pedestres, e não o contrário.


Mesmo considerando que a sinalização deva atrair os visitantes, estes raramente ficam parados tempo suficiente para ler e absorver completamente toda a mensagem de uma placa. Assim, é recomendável a produção e a oferta de outros meios de informação a serem articulados às várias etapas que compõem a implantação da Sinalização de Orientação Turística.


A implantação da sinalização para pedestres deve respeitar a realidade local, sendo, portanto, necessário que se desenvolva um projeto específico para cada situação. Este Guia contém exemplos de projeto para área urbana protegida e para sítios arqueológicos e naturais, recomendando sua aplicação aos demais casos. A sinalização interpretativa e direcional deve ser padronizada para toda área de intervenção.

Projeto Preliminar – Pedestre   - clique para ampliar

5.3.2. Detalhamento das placas
5.3.2.1. Placas Direcionais
Devem ser fixadas nos logradouros públicos e em locais de distribuição de fluxos, possibilitando maior interação do visitante com o lugar e sensível redução do trânsito de veículos na área. De acordo com os interesses locais, essas placas podem criar caminhos alternativos, favorecendo o comércio e outros serviços específicos, proporcionando ainda maior visibilidade às atrações pouco visitadas.


Sempre que possível, devem utilizar o mesmo suporte que as placas de sinalização de trânsito, de forma a minimizar a poluição e a obstrução visual dos bens culturais.


Há casos ainda, em que deve-se aproveitar as placas de sinalização para usuários de veículos para informar os pedestres sobre os atrativos, evitando-se o excesso de placas.

Dica
Nos casos em que a sinalização de orientação de tráfego e de orientação de pedestres coexistirem num mesmo ponto, deve-se ter um cuidado especial no sentido de evitar que o usuário de veículo motorizado utilize erradamente a sinalização voltada para o pedestre, infringindo por exemplo regras de sentido de circulação, uma vez que, para as viagens a pé os caminhos são definidos independentemente dessa condição.







Cores e formas

As placas direcionais devem obedecer a padrões estabelecidos, visando atender às premissas de identificação imediata e assimilação correta de seu conteúdo.



Devem ainda corresponder à identidade visual aplicada à sinalização para ocupantes de veículos, variando em aspectos específicos que permitam imprimir a necessária distinção entre essas duas modalidades de circulação. Contudo, devem guardar semelhanças que as relacionem e as identifiquem como integrantes do mesmo grupo da Sinalização de Orientação Turística.



Por ser uma placa vertical, deve ter a superfície de informação plana para garantir uma boa leitura. Contudo, possui detalhe em curva, na faixa horizontal superior, estabelecendo um vínculo com as placas interpretativas, que apresentam superfície curva, conforme item 5.3.2.2. As placas direcionais podem apresentar formato retangular ou quadrado, em função da quantidade de mensagens.



A cor marrom, antes associada ao fundo das placas para deslocamentos motorizados, é repetida neste tipo de sinalização, porém restrita à faixa horizontal curva, no topo. Para o fundo da placa é destinada a cor bege, proporcionando o requerido contraste com os elementos gráficos que compõem as mensagens. Essas cores também são adotadas para as placas interpretativas.



As especificações de composição das cores adotadas encontram-se no detalhamento abaixo.


PANTONEQUADRICROMIA(CMYK)
4695  80% Magenta
  100% Amarelo
  70% Preto
155  10% Magenta
  30% Amarelo



Mensagens

As mensagens devem ser organizadas de acordo com o percurso a ser indicado para os pedestres, em função dos roteiros adotados como prioritários e da hierarquização das informações no Plano Funcional.



A seqüência de informações deve obedecer à ordem de saída para acesso aos atrativos, a partir do ponto de localização da placa, na via selecionada. Deve iniciar na parte superior da placa, com a indicação do ponto de saída mais próximo. As demais informações seguem a mesma lógica seqüencial, não implicando agrupamento de mensagens para um mesmo sentido.



Os topônimos a serem utilizados devem corresponder àqueles definidos na sinalização para usuários de veículos motorizados, visando a identificação homogênea dos atrativos nas modalidades de circulação tratadas neste Guia. No entanto, para as placas de circulação de pedestres, recomenda-se, preferencialmente, que sejam evitadas as abreviaturas. Nos casos extremos, onde for necessário abreviar, a toponímia adotada deve ser a mesma da sinalização para usuários de veículos motorizados e, ainda ser repetida em todas as placas direcionais.


O número de informações não é um fator restritivo como na sinalização para usuários de veículos motorizados, em função do maior tempo disponível para leitura das placas direcionais. Essa limitação é vinculada à altura máxima da placa, indicada no item Dimensões.

Diagramação das mensagens

Parte Superior da Placa
• Identificada pela cor marrom, devendo constar a mensagem Rota de Pedestre, grafada na cor bege.


• A fonte ou tipo da letra adotada é Trajan, com letras iniciais maiúsculas e as demais também maiúsculas, em menor tamanho, cujo alfabeto está especificado no item Dimensões.


• A letra tem corpo 185 equivalente a 5cm de altura da letra maiúscula de maior tamanho, também chamada caixa alta.

Parte Inferior da Placa
• Identificada pela cor bege, devendo constar as indicações dos atrativos e as setas de sentido, grafadas na cor preta.


• A fonte ou tipo da letra adotada é Frutiger Roman, com letras iniciais maiúsculas e as demais minúsculas, cujo alfabeto está especificado no item Dimensões.


• A letra tem corpo 160 equivalente a aproximadamente 4cm de altura da letra maiúscula. Quando houver informações complementares ao topônimo, deve ser adotada a mesma letra, no corpo 120 equivalente a aproximadamente 3cm de altura da letra maiúscula.


• O número de indicações de atrativos está vinculado ao tamanho das placas, sendo que a menor placa comporta no máximo quatro linhas, que também é o limite para indicação de cada topônimo. A maior placa comporta um máximo de oito linhas, que podem ser distribuídas em um mínimo de dois topônimos, de no máximo quatro linhas cada.


• O entrelinhamento varia em função dos níveis das informações, devendo obedecer as orientações mencionadas no item Dimensões, sendo menor na separação das linhas de um mesmo topônimo e maior na separação de topônimos diferentes.


• As setas relativas a cada topônimo devem ser dispostas em espaços específicos da placa, situados a sua direita ou a sua esquerda, acompanhando a direção do atrativo indicado.



Setas
É o elemento que indica a direção a seguir para se atingir os atrativos sinalizados. Recomenda-se o modelo da seta tipo S-1, apresentado na Tabela 11, do item 5.2.2.4, com diagrama de construção no Anexo 4, adotado na sinalização para usuários de veículos motorizados. Na sinalização para pedestres, sua dimensão deve acompanhar o tamanho da letra maiúscula da fonte selecionada, conforme tabela abaixo.




Alinhamento

O texto deve acompanhar o alinhamento da seta, e esta deve estar sempre do mesmo lado da direção que indica o atrativo. A aplicação das setas deve obedecer as seguintes recomendações:


• Para cada mensagem deve haver uma seta correspondente.


• Independente das variações de sentido, as mensagens não devem ser separadas por tarjas.


• Quando houver mais de um sentido a ser sinalizado, indica-se, em primeiro lugar, aquele cujo ponto de saída situa-se mais próximo, seguindo essa seqüência para os demais.


• Os espaços laterais das placas são destinados para colocação das setas e o campo disponível entre eles é destinado aos topônimos. Esse campo corresponde à diferença entre a largura total da placa e os dois espaços laterais, medindo 44cm.





• O alinhamento das mensagens é definido em função do posicionamento das setas. Quando ocorrer setas em lados opostos, as mensagens são alinhadas à direita ou à esquerda, conforme a direção indicada, não devendo avançar sobre os espaços laterais destinados às setas.





• Quando a diagramação da placa apresentar setas em apenas um de seus lados, os topônimos podem avançar sobre a lateral oposta, inicialmente reservada para as setas.








• No caso de existir um sentido em frente e outro lateral ou oblíquo, o posicionamento das setas e dos topônimos deve adotar o lado correspondente à direção lateral ou oblíqua indicada.








• Havendo três direções distintas numa mesma placa, a seta de sentido em frente deve ser colocada na lateral referente à seta imediatamente anterior.





• Nas situações em que o topônimo é extenso e a opção for grafá-lo em mais de uma linha, dentro do limite de quatro, o alinhamento deve ocorrer pelo lado da seta.


Dimensionamento

Placas
As placas direcionais são apresentadas em dois formatos, um quadrado e outro retangular. Nos dois casos, têm largura de 60cm e se dividem em duas partes, uma superior, com altura de 20cm, e outra inferior, com 66cm ou 40cm. A parte superior tem formato curvo, gerado a partir de um círculo de 28cm de diâmetro.

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Mensagens

A divisão dos espaços das placas segue as medidas determinadas no diagrama abaixo:

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O entrelinhamento, espaço entre as linhas de base das informações, deve obedecer a seguinte orientação:


• 8cm ou uma linha de corpo 46 entre topônimos distintos.


• 6cm ou corpo 160/190 para o entrelinhamento de um mesmo topônimo, quando há necessidade de dividi-lo em mais de uma linha.


• 5cm ou corpo 120/140 para o entrelinhamento entre o topônimo principal e seu complemento, ou entre linhas de seu complemento.


Os tipos de letras adotados para o texto das mensagens são Trajanpara a parte superior eFrutiger Roman para a inferior, em tamanhos fixos, para a Trajanadota-se a altura do corpo 185, equivalente a aproximadamente 5cm para a letra maiúscula maior e 3,6cm para a maiúscula menor. A Frutiger Roman utiliza o corpo 160, equivalente a aproximadamente 4cm para os topônimos principais e corpo 120, equivalente a 3cm aproximadamente, para as informações complementares, considerando sempre a altura da letra maiúscula.

Materiais

O material sugerido para confecção das placas é a chapa de alumínio de 2mm.


Como esta placa não apresenta mapas ou ilustrações, as informações visuais devem ser produzidas em vinil recortado ou, como segunda opção, em serigrafia.

Fixação e suportes

As placas direcionais devem ser fixadas, sempre que possível, no mesmo suporte das placas de trânsito, recomendando especial cuidado com a sua altura para evitar acidentes.

5.3.2.2 Placas interpretativas

As placas interpretativas são a tradução do conhecimento por meio de uma linguagem prazerosa e de fácil compreensão. Objetivam enriquecer a vida das pessoas, apresentando-lhes algo em que pensar, lembrar ou explorar. Devem destacar e disseminar informações e tentar mudar comportamentos, ser atraentes e planejadas para durar, com estrutura resistente e conteúdo preciso.


É recomendável que a estrutura das placas leve em consideração as características físicas do local, os meios de produção e os recursos financeiros disponíveis. Sua forma deve evidenciar uma interferência contemporânea, sem jamais tentar reproduzir um estilo de época, principalmente no caso de cidades históricas. Sua dimensão deve ser proporcional ao conteúdo dos textos e ilustrações, preservando assim a relação com o entorno.


Todo o processo de planejamento deve prever diversas fases de revisão. Os textos, mapas, desenhos, gráficos, fotos ou outro tipo de ilustração, que compõem a estrutura da placa, devem ser apresentados em arte final para o fabricante, que deve produzir uma prova em papel, em tamanho natural, e um protótipo da estrutura para última revisão. Aconselha-se que tais condições sejam exigidas dos fornecedores por ocasião da cotação de preços e que o responsável pelo projeto de sinalização acompanhe a produção e a implantação das placas.


Existem vários materiais que podem ser utilizados para a confecção de placas. Ao se planejar a sinalização, deve-se pensar no material que melhor se adapte ao ambiente, nas condições tecnológicas de produção existentes e na disponibilidade de recursos financeiros. Algumas possíveis alternativas para a fabricação de placas são: alumínio, policarbonato, fibra de vidro, plástico revertido, metal, madeira e pedra.


A sinalização interpretativa exemplificada neste Guia adotou o alumínio, o policarbonato, o vidro e o bronze para a confecção das placas. Os fatores preponderantes para a adoção do alumínio foram sua leveza visual, funcionalidade, durabilidade, resistência ao clima e facilidade de limpeza. O policarbonato e o vidro também são resistentes e permitem cores e ilustrações ilimitadas. Além disso, interferem o mínimo possível na arquitetura ou no monumento sinalizado e suas superfícies danificadas podem ser facilmente reparadas. O bronze é usado unicamente nos bens tombados em nível federal, constituindo-se em um selo de identificação.
Planejamento do Texto
O texto, sempre que possível, deve estar dividido em blocos com títulos ou subtítulos, ser sintético, interessante e, de preferência, vir acompanhado de ilustrações que revelem situações importantes para a história, que não sejam óbvias, ou que o visitante não perceba por si próprio. Nunca use ilustrações apenas como decoração.

A interpretação deve ser dirigida ao público, pois os intérpretes tendem a interpretar para si mesmos, ou para seus pares. É preciso pensar em quem está no outro extremo dessa relação. Por isso, aconselha-se que o responsável pela sinalização assuma o papel de visitante, colocando-se em seu lugar, para perceber os problemas possíveis de serem encontrados e, então, tentar solucioná-los.


O planejamento do texto das placas deve cumprir as seguintes etapas:


• pesquisa;
• hierarquização;
• definição do que deve ser interpretado;
• resumo das informações, definição de temas, tópicos e subtítulos;
• redação de texto;
• revisão e edição de texto;
• padronização de vocabulário e nomenclaturas;
• revisão final.


A sinalização interpretativa pode visar uma região, uma área, um sítio ou um monumento, devendo começar pela pesquisa, com vistas à hierarquização e à definição dos atrativos. Deve conter os elementos mais importantes e as manifestações mais representativas da localidade e acontecer na etapa inicial do planejamento geral do projeto.


A pesquisa ocorre em dois níveis: pesquisa da área e do sítio propriamente dito. A primeira é o inventário, que cobre a área geográfica maior e que é a destinação do visitante ou sua rota de viagem, e pode incluir diversos sítios. Neste momento identifica-se os melhores sítios, com base nas possibilidades de logística, tais como acesso, manutenção e instalações.


A segunda consiste na exploração detalhada do sítio, permitindo a localização de todos os atrativos ali existentes. Tal exploração se dá por meio do estudo dos registros históricos, do levantamento de pesquisas anteriores, de conversas com especialistas, historiadores ou antropólogos, por exemplo, e com os habitantes locais.


À medida em que as pesquisas são realizadas, a hierarquização dos atrativos acontece naturalmente, por meio da seleção de temas e tópicos potenciais, alcançando-se o nível de detalhamento que faz com que a interpretação seja significativa para o público.


Após reunir informações e tomar decisões sobre o que deve ser interpretado, um esboço de texto é redigido, levando-se em consideração alguns princípios, tais como utilizar o menor número de palavras que transmita o significado, indo direto ao tema principal, com simplicidade e respeito à veracidade dos fatos.


O texto deve ser revisto e editado, apresentando uma imagem, situação ou conceito de maneira clara e precisa, de tal modo que o visitante possa ler e formar opiniões. Deve-se preferir substantivos e verbos, evitando-se o uso de adjetivos, com vocabulário e nomenclaturas padronizadas, mantendo-se coerência com as demais placas do projeto de sinalização interpretativa. Procede-se então à revisão final e às correções necessárias.
Planejamento gráfico
O planejamento gráfico refere-se à forma de apresentação visual do conteúdo da placa de sinalização. Mesmo seguindo-se as recomendações propostas neste Guia, existem decisões que devem ser tomadas individualmente, levando-se em consideração o usuário, as peculiaridades de cada atrativo, as características físicas do local, tais como condições do terreno e clima, e os meios de produção acessíveis, eletrônicos ou artesanais, bem como a disponibilidade de recursos financeiros.


O desenvolvimento do projeto gráfico deve cumprir as seguintes etapas:


• compatibilização do texto finalizado;
• escolha das ilustrações;
• elaboração de esboços;
• primeira revisão;
• arte-finalização;
• revisão final.


No processo de criação do designgráfico, é feita a escolha das ilustrações e a adequação do texto finalizado ao tamanho da placa, para que a quantidade de letras utilizadas na impressão final garanta boa legibilidade. Seu corpo ou tamanho deve permitir a leitura por duas ou três pessoas, ao mesmo tempo, sem obrigar à aproximação exagerada do leitor.


As ilustrações são um meio eficaz de se chamar a atenção do visitante, pois uma boa figura vale mais que mil palavras. Podem ser utilizados desenhos, fotos, mapas e esquemas, cuidadosamente selecionados e adequados ao tema proposto.


Margens e espaços vazios valorizam a informação, podendo destacar sua mensagem ou algum detalhe da placa. Todos os elementos possuem um “peso”, que é criado pelo seu tamanho, cor ou semelhanças entre si, devendo-se buscar o equilíbrio, de forma sutil, visando uma leitura mais compreensível e de fácil assimilação. Devem ser distribuídos graficamente da esquerda para a direita, e de cima para baixo, pois esse é o sentido tradicionalmente usado para a organização de mensagens, sejam textos ou ilustrações.


A partir dessa etapa existe conteúdo suficiente para a elaboração de esboços, que permitem verificar se a mensagem está sendo transmitida de forma correta e atraente, possibilitando a tomada de decisão sobre o produto final. Neste momento ocorre a primeira revisão e em seguida a arte-finalização da programação visual da placa. Por último, faz-se a revisão final e as devidas correções.
Tipos de Placas
As placas apresentadas a seguir, baseadas na diversidade dos bens culturais tombados, não se esgotam em si mesmas. Outros tipos podem surgir para atender às especificidades locais e valorizar seus elementos característicos.


Embora não exista um limite rígido para os tipos de placa, nem para sua repetição em diversos pontos das áreas sinalizadas, é preciso ter bom senso, para não haver excessos na quantidade de placas e nas informações nelas contidas.


Cada caso deve ser estudado e analisado isoladamente, para tentar levar ao visitante as informações necessárias à adequada compreensão do local e melhor desfrute de sua visita. Sempre que possível, devem ser acrescentadas sugestões de roteiros, do entorno ou da região.


Placa de Mirante

É implantada em locais que tenham pontos estratégicos de observação. Deve contemplar informações gerais sobre a região, a partir de desenho representativo, localizando atrativos de interesse, isolados ou em conjunto, na paisagem que está sendo observada. Podem constar ainda mapas com roteiros regionais, apresentados em uma área menor da placa.


Placa de Região

Deve ser implantada em áreas abertas, de grande circulação de turistas, tais como praças ou pátios de monumentos, pontos de acesso à cidade, terminais rodoviários, aeroporto etc.


Deve conter informações gerais, situando o monumento, cidade ou sítio no contexto regional e histórico, assinalando as possibilidades de visitação, com sugestão de roteiro e informações sobre as distâncias entre os bens culturais próximos àquela área.

Placa de Área Tombada

Deve ser implantada em áreas abertas, de grande circulação de turistas, preferencialmente próxima a monumentos de maior relevância para o conjunto tombado.


Deve situar o perímetro de tombamento em relação à região ou cidade, seu entorno e principais bens, sejam eles de caráter arquitetônico, natural ou arqueológico, entre outros, e apresentar num mapa esquemático os demais atrativos de interesse. Pode ainda oferecer opções de caminhos de visitação, eventualmente com indicações dos meios de locomoção disponíveis.


Para cidades onde existam vários conjuntos tombados, o conteúdo da placa deve contemplar cada conjunto individualmente, assinalando os demais em um mapa esquemático, e seus respectivos roteiros de visitação.


Para melhor informar o visitante, o significado do termo “tombamento” pode ser indicado na placa da seguinte forma:


Tombamento é o instrumento jurídico, do Poder Público, de proteção legal de um bem cultural. 


Placa Externa de Monumento

Deve ser fixada na fachada do monumento, confeccionada em materiais transparentes, com informações básicas sobre o bem, situando-o no contexto geral do lugar.


Placa Interna de Monumento

Deve ser confeccionada de forma a não interferir no bem cultural, contendo informações sobre o monumento e, quando existir, sobre seu acervo. Sempre que possível deve ser ilustrada, para facilitar a interpretação.


A quantidade de placas e sua fixação dentro dos monumentos está limitada às características de cada local, recomendando-se entre uma e três por monumento.


Suas dimensões e modulações devem ser avaliadas caso a caso, tomando-se como referência as recomendações deste Guia.

Placa de Sítio Arqueológico e Patrimônio Natural

Existem dois tipos de placas possíveis: uma que apresenta o conjunto do sítio arqueológico ou do patrimônio natural e outra para bens isolados.


A placa relativa ao conjunto pode ter desdobramentos à medida que o visitante percorra a área. Nela devem estar apresentados os pontos relevantes que são objeto de interpretação. Deve ser localizada no principal acesso, contemplando todas as possibilidades de visitação do sítio ou da região delimitada, os roteiros e um breve texto de interpretação genérica.


A placa de bem isolado, deve interpretá-lo detalhadamente, com a utilização de ilustrações, tais como mapas e fotografias, e com textos claros e objetivos.


É preciso dar atenção especial às placas de sinalização de sítios arqueológicos, que são protegidos por legislação específica exigindo, portanto, a inclusão obrigatória do seguinte texto:


Este sítio faz parte do Patrimônio Cultural Brasileiro e está protegido pela Constituição Federal e pela Lei nº 3.924/61. A destruição ou retirada de qualquer material ou remoção de terra deste local constitui crime sujeito às penas de multa e detenção.

Placa de Identificação de Espécies Vegetais

Deve ser fixada em áreas de patrimônio natural, identificando as espécies vegetais, pelos nomes científicos e populares, ou informando, sempre que possível, dados quanto à origem, plantio ou raridade de uma espécie.

Placa de Bronze

A placa de bronze é o selo de identificação de monumento tombado em nível nacional e deve ser fixada em sua base. Ela contém a inscrição Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Placa de Mirante - clique para ampliar



Placa de Região - clique para ampliar



Placa de Área Tombada - clique para ampliar




Placa Externa de Monumento



Placa Interna de Monumento - clique para ampliar



Placa de Sítio Arqueológico e Patrimônio Natural - clique para ampliar




Placa de Identificação de Espécies Vegetais



Placa de Bronze




Recomendações Gráficas

Estrutura
Todas as placas são divididas em duas áreas de cor, volume ou material diferentes, exceto a placa de bronze, que é selo de monumento nacional, e a placa transparente fixada na parte externa do bem. Na faixa superior, entram o título, que identifica a família da placa, e os logotipos das instituições responsáveis pelo tombamento dos bens culturais, quando for o caso. Deve-se lembrar que mensagens ou publicidade de qualquer espécie não podem constar das placas de sinalização.

Cores

A área da placa que contém informações é bege, referências número 155 da escala Pantone, ou a composição 10% de magenta e 30% de amarelo da escala de quadricromia -CMYK, com texto grafado em preto. A faixa superior é marrom, referências número 4695 da escala Pantone, ou a composição 80% de magenta, 100% de amarelo e 70% de preto da escala de quadricomia - CMYK, com o título grafado em bege. Cabe lembrar que cor e contraste são importantes para tornar o texto legível, principalmente para pessoas com dificuldade visual.

Tipografia e Texto

A letra dos títulos, subtítulos e capitulares utiliza a fonte Trajan. Textos e legendas utilizam o tipoFrutiger Light Condensed.


Os textos devem ser divididos em colunas, de forma a facilitar a leitura das placas interpretativas. Podem conter ainda informações em braile e/ou em língua estrangeira. Nesses casos são previstos textos menores para uma correta distribuição dos espaços. Para as Placas Externas de Monumento, que possuem tamanho reduzido, o texto é apresentado em um único bloco.

Ilustrações

Todas as placas podem ser providas de mapas e de outras ilustrações que auxiliem a compreensão dos textos e a visualização do entorno, exceto as placas Externa de Monumento e a de Bronze. Texturas e volumes tornam as ilustrações mais interessantes. Quando o método de reprodução dessas imagens for eletrônico, obtém-se maior qualidade.

Impressão da informação

Neste Guia são indicadas algumas alternativas de técnicas de impressão, onde devem ser consideradas as situações particulares de cada local. Os processos apresentados abaixo mostram a ordem de preferência em relação à sua qualidade.
1º) Impressão eletrônica, em papel fotográfico encapsulado com proteção UVA e UVB.
2º) Impressão eletrostática encapsulada com proteção de vinil transparente de alta performance.
3º) Impressão em ploter sobre vinil auto-adesivo com proteção de vinil transparente de alta performance.
4º) Impressão em serigrafia.

Especificações para confecção das placas

Os materiais e processos sugeridos, embora não representem as alternativas construtivas mais baratas, foram escolhidos devido a sua maior durabilidade e facilidade de manutenção das placas.


Outras alternativas podem ser utilizadas em função do projeto elaborado e de acordo com os recursos técnicos e financeiros disponíveis.
Modelo 1
Placas de Mirante, Região, Área Tombada, Sítio Arqueológico, Patrimônio Natural e similares.

Estrutura

A superfície de informação dessas placas é curva, sendo o seu suporte composto por um tubo horizontal fixado a um pilarete vertical de secção retangular, presente em apenas um dos lados. Isso gera uma estrutura em balanço, que garante um aspecto de leveza, impedindo a placa de encobrir o atrativo de interesse de visitação.


A superfície onde são impressas as informações é confeccionada em chapa de alumínio de 3mm, medindo 125cm x 70cm, quando planificada. Pode ainda ter a medida de 80cm x 60cm, se instalada em área de pouca circulação. Espaços muito abertos, como mirantes, permitem o uso de placas maiores, enquanto espaços reduzidos necessitam de placas menores. É também prevista, para áreas muito grandes, a presença de duas peças de 80cm lado a lado, totalizando 160cm de informação.


A altura e a inclinação da placa foram determinadas visando a acessibilidade da cadeira de rodas, conjugada ao conforto de leitura de usuários de perfis físicos diferentes. Considerou-se os dados antropométricos da mulher no percentil 5 (baixa) e do homem no percentil 95 (alto), e o ângulo confortável de movimentação cervical.

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Sob a placa curva, confeccionada em chapa de alumínio de 3mm, reforços não aparentes de chapa recortada (cambotas) são soldados à ela e ao tubo, configurando um conjunto único. As bordas externas apresentam uma simulação de espessura, obtida com barra chata de 32mm, fixada com solda de topo ao longo do perímetro da placa.


Esse conjunto deve ser fixado ao pilarete por meio de parafusos discretamente posicionados. O tubo deve ser de alumínio, com diâmetro de 10cm (4”), parede de 4mm e fechado nas extremidades. Finalmente, o pilarete é confeccionado com barra chata de 5/32” ou 4mm, com 30cm de largura (face lateral) e 6cm de espessura (face frontal).
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O pilarete deve ter aproximadamente 20% de seu comprimento externo (22cm) enterrado numa cavidade de 40cm de diâmetro, preenchida com concreto socado (pedra, areia e cimento). Caso o terreno onde a peça será instalada seja instável, esta proporção deverá ser revista.


É necessário um “ancorador” ou “pé-de-galinha” para impedir a movimentação da peça. Esta subestrutura pode ser conseguida com duas barras chatas de 4mm x 32mm e aproximadamente 12cm de comprimento, no sentido transversal da menor face do pilarete.

Os pilaretes são demarcados com um anel ou pintura em outra cor, que determina o nível de profundidade no solo, garantindo a uniformidade de altura das placas.

Cores

A área da placa que contém informações é bege, referências número 155 da escala Pantone, ou a composição 10% de magenta e 30% de amarelo da escala de quadricromia – CMYK. A faixa superior, com o título, é marrom, referências número 4695 da escala Pantone, ou a composição 80% de magenta, 100% de amarelo e 70% de preto da escala de quadricomia – CMYK, conforme tabela de cores apresentada no item 5.3.2.1 - Placas Direcionais.O título é grafado em bege e o texto em preto. As ilustrações podem ser coloridas, conforme o processo de impressão adotado.

Tipografia e Texto

A letra dos títulos, subtítulos e capitulares utiliza a fonte Trajan. Os textos e legendas utilizam a fonte Frutiger Light Condensed.


Os textos devem ser divididos em colunas, de forma a facilitar a leitura. No caso de placas com uma única coluna de texto, a largura máxima dessa coluna não pode ultrapassar 70cm.


A altura da letra maiúscula, também conhecida como caixa alta, não deve ser inferior ao corpo 40 equivalente a aproximadamente 1cm.


O espaço reservado ao texto pode ainda ser dividido em dois ou três blocos, de forma a contemplar informações em língua estrangeira e/ou braile. Nesses casos, reduz-se o conteúdo do texto, não devendo o tamanho da letra maiúscula ser menor que 1cm de altura.

Ilustrações

Todas as placas contêm mapas, e sempre que a escala permitir, devem informar o visitante sobre sua localização, usando, por exemplo, a frase Você está aqui.

Impressão das informações

Os processos de impressão das informações visuais apresentados a seguir, para este modelo, seguem uma ordem de preferência tendo como base a sua qualidade.


1º)  Impressão eletrônica, em papel fotográfico encapsulado
      com proteção UVA e UVB.
2º)  Impressão eletrostática encapsulada com proteção de vinil
      transparente de alta performance.
3º)  Impressão em ploter sobre vinil auto-adesivo com proteção de
      vinil transparente de alta performance.
4º)  Impressão em serigrafia.


Os três primeiros métodos são digitais, extraídos de arquivos eletrônicos, garantindo o uso de uma infinidade de cores, efeitos e meios-tons. O quarto processo não é adequado para reproduzir imagens complexas. Neste caso, os mapas e ilustrações devem ter desenhos simples, utilizando-se de cores chapadas e em poucas variedades.


Em qualquer um dos processos, a chapa curva deve ser entregue pronta, com a programação visual instalada na sua superfície, para o fornecedor que fará a parte estrutural.


Modelo 2
Placa de Identificação de Espécies Vegetais

Estrutura
Em proporções diferentes (superfície de informações com 35cm x 22cm), repete as formas principais do Modelo 1, porém com sustentação dos dois lados, para facilitar o nivelamento, quando enterrado, e a resistência a situações de vandalismo e apoio dos pés. Repetem-se também as especificações de produção do modelo anterior.

Cores

Seguem as mesmas especificações do Modelo1.

Tipografia e Texto

As mensagens devem ser lidas com relativo afastamento, recomendando-se que as letras adotadas não tenham tamanho inferior a 1,5cm de altura para a letra maiúscula ou caixa alta, equivalendo aproximadamente ao corpo 55 da Frutiger Light Condensed, com entrelinha do corpo 70, ou aproximadamente 2,5cm, da base da caixa alta da primeira linha à base da caixa alta da segunda linha. Por se tratar de uma placa de tamanho reduzido, as informações são apresentadas em um único bloco.

Ilustrações

Esta placa pode receber ilustrações em desenhos da totalidade ou de detalhes da vegetação identificada.
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Impressão da informação

Seguem as mesmas especificações do Modelo1.

Modelo 3
Placa Externa de Monumento
Estrutura
Esta placa tem formato de 30x30cm, sendo confeccionada em material transparente e fixada na fachada do monumento, com afastamento de aproximadamente 2cm da parede.


Os dois materiais possíveis, para este caso, são o vidro e o policarbonato, com 15mm de espessura. O vidro é quebrável, mais caro e de manipulação mais complexa. O policarbonato arranha com facilidade, entretanto, pode ser polido em sua face externa, caso o texto seja impresso em seu lado interno.

Cores

Tanto o vidro quanto o policarbonato devem ser utilizados na sua forma transparente e incolor, com as letras grafadas em preto.

Tipografia e Texto

As mensagens devem ser lidas com relativo afastamento, recomendando-se que as letras adotadas não tenham altura inferior a 1cm para a letra maiúscula ou caixa alta, equivalendo ao corpo 40/50 da Frutiger Light Condensed, com entrelinha de corpo 50 ou 1,7cm. Por se tratar de uma placa de tamanho reduzido, as informações são apresentadas em um único bloco.

Ilustrações

Esta placa não recebe ilustrações.


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Impressão das Informações

Os dois processos viáveis para a impressão das informações são:


• vinil de alta performance recortado eletronicamente de forma espelhada, para ser aplicado por trás da placa;


• impressão serigráfica por trás da placa.

Modelo 4
Placa Interna de Monumento

Estrutura
Em função da escala referencial, e com o objetivo de interferir o mínimo possível nos interiores dos monumentos, estas placas devem ser menores que as externas, com seu conteúdo dividido em módulos e aplicados preferencialmente sobre fundo transparente, permitindo a visualização do ambiente.


Os dois materiais possíveis são o vidro, em chapas de 10mm, e o policarbonato, em chapas de 5mm. Cada módulo deve ser de 80cm x 100cm, não sendo recomendado o uso de mais de três módulos num mesmo ambiente. Sua estrutura pode ser pendurada ou auto-portante, a fim de se adequar mais facilmente à diversidade dos interiores. Para ambas as estruturas manterem coerência formal com a sinalização interpretativa, o detalhe em curva é aplicado no topo. E, em casos especiais, os dois modelos, podem ter o vidro ou policarbonato substituídos por duas chapas de alumínio de 1,5mm, de forma a possibilitar leitura nas duas faces.


Por dentro da curva passam os elementos de sustentação. Nas placas suspensas, esse elemento é um cabo de aço inoxidável com proteção plástica, sendo necessário um tipo de nivelador de altura, para igualar os dois lados. Na placa auto-portante, um tubo de aproximadamente 4,5cm de diâmetro é preso na barra de sustentação dos dois lados. Uma estrutura perpendicular a ela (tubo ou barra), junto ao chão, impede que a peça tombe.

Cores

Seguem as mesmas especificações do Modelo1 para as placas opacas e as mesmas especificações do Modelo3 para as placas transparentes.

Tipografia e Texto

Os títulos, subtítulos e capitulares utilizam a fonte Trajan.Nos textos e legendas é usada a Frutiger Light Condensed.


O tamanho da letra deve prever a leitura por mais de uma pessoa simultâneamente, não podendo ser muito pequeno. A altura da letra maiúscula, também conhecida como caixa alta, não deve ser inferior ao corpo 55 equivalente a aproximadamente 1,5cm, mas sugere-se letras entre 1,5cm e 2cm, equivalendo ao corpo 62.


O espaço reservado ao texto pode ainda ser dividido em dois ou três blocos, de forma a contemplar informações em língua estrangeira e/ou braile. Nesses casos, resume-se o conteúdo do texto, não devendo o tamanho da letra maiúscula ser menor que 1cm de altura.

Ilustrações

As imagens devem ser, em sua maioria, recortadas, permanecendo em fundo transparente, mesmo nos casos das ilustrações em traço.

Impressão das Informações

A superfície de impressão do texto pode ser confeccionada em vinil recortado, com saída a partir de arquivo eletrônico, quando a letra for superior a 1,5cm de altura ou, como segunda opção, impressa em processo serigráfico, porém de qualidade inferior. Alguns fornecedores de ploter de vinil trabalham com letras de 1cm de altura, mas a qualidade, tanto de recorte quanto de colagem, é menos garantida.


Desenhos ou fotos devem ser impressos separadamente. A preferência é dada para as saídas eletrônicas, que são mais resistentes e perfeitas. As fotos de peças e detalhes devem ser recortadas de forma a gerar diagramação leve e com o máximo de transparência possível.


As letras de vinil, imagens em adesivos e principalmente a impressão de serigrafia (letras e desenhos a traço) devem ser aplicadas por trás da chapa e protegidas com outra placa cristal, para não se danificarem com a limpeza.


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Modelo 5
Placa de Bronze

Estrutura
Medindo 20cm x 20cm, deve ser fixada diretamente na parede do monumento, com base a 40cm, a partir do nível do solo.

Cores

É confeccionada na cor natural do bronze, com a inscrição das letras em alto-relevo na cor preta.

Tipografia e Texto

O tipo da letra é Trajan caixa alta, com corpo 62, equivalente a aproximadamente 1,6cm de altura e a distância entre elas é de 4cm da base da primeira linha à base da segunda linha. Recebe a seguinte inscrição em alto-relevo: Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Ilustrações

Esta placa não recebe ilustrações.

Impressão das Informações

O texto é fundido em alto relevo junto com a placa.



5.3.3. Colocação das placas

As placas devem ser colocadas em locais que não poluam visualmente a área, não interfiram no atrativo sinalizado nem obstruam passagens de pedestres. O ideal é que se destaquem do meio, sendo facilmente percebidas pelo visitante. Porém, precisam ser discretas, para não encobrir nenhuma parte de um monumento ou de uma paisagem natural.


A definição precisa do local de fixação da placa deve respeitar os trajetos consagrados, que orientam o lado da via ou da calçada que deve receber a placa, possibilitando sua melhor visualização e a livre circulação.


O aproveitamento da sinalização para usuários de veículos deve ser considerado no atendimento ao pedestre, sem colocar em risco a sua segurança e o entendimento da mensagem. Quando as placas direcionais de pedestres são fixadas em áreas contíguas às vias de circulação de veículos, não podem provocar conflito na orientação do motorista. Assim, para estabelecer uma evidente diferenciação, as placas direcionais para pedestres apresentam o título Rota de Pedestre.


A definição dos locais de instalação deve passar pelas seguintes etapas:


• observação dos melhores acessos e visibilidade das placas;
• observação de possíveis obstruções de circulação e de visibilidade do entorno;
• definição de proporções;
• definição de afastamentos em relação a monumentos, meios-fios etc.

5.3.4. Projeto Executivo

A fase do Projeto Executivo para Sinalização de Circulação de Pedestres segue os mesmos passos e orientações da Sinalização para Usuários de Veículos Motorizados. Assim, o item 5.2.4 é transcrito a seguir, com as devidas adequações.


Nessa fase são definidos todos os detalhes das placas, tais como diagramação, dimensionamento, material, localização exata, suporte e fixação. É preciso considerar o projeto preliminar e o detalhamento das placas, as características físicas e operacionais do local, os princípios da sinalização de trânsito e a disponibilidade de recursos humanos, financeiros e materiais.


Os cinco passos principais para a elaboração de um Projeto Executivo são:

  PROJETO PRELIMINAR E DETALHAMENTO DAS PLACAS

  PROJETO EXECUTIVO


  1º PASSO


 Locação das placas em planta, avaliando os apectos:


  • Continuidade das mensagens
  • Indicação dos atrativos
  • Indicação de saída
  • Identificação do atrativo

  2º PASSO


  Locação das placas em campo, garantindo a legibilidade e visualização:


  • Amarração
  • Tipo de suporte
  • Reformulação da placa
  • Desmembramento das mensagens

 3º PASSO


  Representação gráfica identificando:


  • Sinalização existente a permanecer
  • Sinalização existente a retirar
  • Sinalizacão proposta

 4º PASSO


 Memorial descritivo:


  • Especificações de materiais, processos construtivos e outros procedimentos
  • Resumo de quantidades

 5º PASSO


 Verificação geral


  IMPLANTAÇÃO



A metodologia descrita neste item não é um conjunto de regras rígidas a serem seguidas. Cada equipe possui ou pode desenvolver metodologia própria, mas é importante que todas contemplem algumas atividades, como a locação das placas em campo, que são indispensáveis.

1º Passo: Locação das Placas em Planta

A locação das placas em planta traduz o que o projetista entende por seu posicionamento ideal. Essa locação deve ser feita numa planta da área em estudo, preferencialmente em escala 1:500 a 1:2.000, no lado da via em que a placa será implantada, na posição aproximada em relação aos referenciais existentes.


O posicionamento deve ser confirmado por ocasião da locação em campo, caso não surjam impedimentos de ordem física e as condições de visualização da placa sejam atendidas, indicando exatamente o que se pretende e orientando adequadamente o pedestre. Para confirmação do posicionamento, é preciso observar os aspectos relativos à continuidade das mensagens e aos tipos de placas necessárias para cada situação.

2º Passo: Locação das Placas em Campo

Em grande parte das situações, o local ideal para colocação das placas nas vias é inviabilizado porque há anteparos visuais como árvores, letreiros, toldos, ou impedimentos no piso como guias rebaixadas de acesso aos lotes lindeiros, bocas de lobo, mobiliário urbano, pontes, viadutos ou outros. Portanto, a locação das placas em campo é uma etapa fundamental para a elaboração dos projetos executivos. Somente no local é possível definir o exato posicionamento das placas e se essas podem compartilhar os mesmos suportes das placas para usuários de veículos. Torna-se também necessário verificar se as setas que indicam os movimentos, escolhidas no projeto preliminar, são as mais adequadas para cada situação. É possível que as características físicas do local demandem alteração do tipo de seta ou do desmembramento das mensagens e, por conseqüência, da locação de mais placas. A observação atenta, a partir do local onde a placa será implantada, permite tal definição.


Identificada a melhor posição da placa, é necessário proceder à “amarração” do local, ou seja, indicar as medidas, a partir de referenciais físicos próximos, que possibilitem à equipe de implantação posicionar a placa corretamente. As medidas desse local devem ser fornecidas, em função de referências físicas permanentes, acessíveis, visíveis e facilmente identificáveis como postes, luminárias, árvores de grande porte, alinhamento de vias, alinhamento de edificações etc.

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É fundamental percorrer todos os trajetos propostos para pedestres colocando-se em seu lugar, para verificar as condições das vias que compõem esses trajetos. Com isso podem ser propostas as melhorias e adequações necessárias como recomposição de pavimentos e passeios públicos, remoção de interferências, manutenção ou implantação da iluminação pública e, sobretudo a , verificação da compatibilização entre as diferentes modalidades de sinalização implantada.

Dica
Sempre que possível, toda sinalização deve ser incorporada a um projeto maior de desenho urbano. Nesse caso, pode ser elaborado projeto específico para aproveitamento de postes de sustentação multifuncionais, adequados à colocação de iluminação pública da pista e da calçada, semáforos, placas de sinalização para motoristas e pedestres e outros elementos, conforme as peculiaridades de cada local. Os projetos dos postes podem estar integrados ao conjunto do mobiliário urbano, assim como à ambientação local.

Fique Atento
É preciso cuidado para não propor a fixação de placas para pedestres, sobretudo as placas interpretativas, junto a lixeiras, bueiros e outros locais que possam exalar odores desagradáveis. Por outro lado, locais sombreados oferecem maior conforto ao usuário para consultar essa sinalização.


Caso transcorra muito tempo entre a elaboração do projeto e sua implantação, deve ser efetuada nova checagem em campo, para evitar que as placas de orientação turística sejam locadas onde há novos obstáculos à visualização. É muito importante atualizar o projeto, pois podem surgir novos atrativos turísticos, novas vias ou alterações de regulamentação da circulação das vias.



3º Passo: Representação Gráfica do Projeto

O desenho do projeto é a representação gráfica do que se pretende que seja implantado na via.


A representação do Projeto Executivo deve conter todos os elementos necessários para a confecção e a implantação correta e ágil das placas:



  • tipo de placa;
  • código da placa;
  • material;
  • suporte;
  • fixação;
  • dimensões;
  • localização e amarração das placas;
  • sinalização a ser retirada, implantada e a permanecer;
  • elementos significativos para referenciar a locação das placas na via;
  • tabela-resumo com quantidades de materiais;
  • legendas, notas e observações necessárias ao entendimento do desenho;
  • localização do desenho em relação às outras folhas do projeto.

As medidas fornecidas devem permitir a confecção exata da placa, com todos os elementos em dimensões corretas e distribuídos conforme especificado, evitando gerar incertezas. Da mesma forma, o projeto de locação das placas deve possibilitar sua implantação no local exato.


Os projetos elaborados devem ter uma forma de representação padronizada e seu desenho apresentar linguagem clara e precisa, evitando informações ambíguas e ainda, ser de conhecimento de todas as equipes envolvidas. Assim, o entendimento do projeto fica facilitado, tanto para a equipe de projeto, quanto para a equipe de implantação, que usualmente é composta por pessoas sem formação técnica especializada.


Na representação gráfica do projeto, alguns recursos são importantes para facilitar o entendimento e a implantação:



   • codificação das placas contendo suas características;
  • utilização de diferentes espessuras de traços, para representar os elementos existentes, os propostos e aqueles a retirar;
  • adoção de simbologia que faça distinção entre as placas a serem implantadas, as existentes a retirar, a remanejar e aquelas a permanecer.

Existem diversas formas de representação gráfica das placas e suportes que podem ser utilizados. No entanto, recomenda-se, para efeito deste Guia, a adoção da seguinte simbologia:






Fique Atento
Deve-se evitar a utilização de várias cotas de amarração consecutivas, a partir de uma sinalização proposta, para evitar que eventual erro na implantação do primeiro elemento se propague aos demais.

Dicas
A utilização de plantas em escala não é imprescindível. Se não houver base cartográfica disponível, pode-se lançar mão de croquis com escalas aproximadas. O importante é que as amarrações do conjunto, suporte e placa, feitas em campo, estejam corretas e relacionadas a elementos existentes.


Com os recursos de informática cada vez mais disseminados, é possível a utilização de cores, variação de traços e outros recursos gráficos, para diferenciação.









Há diferentes maneiras de organizar os desenhos a serem elaborados. É importante escolher a forma que possibilite a melhor qualidade do trabalho e da produtividade das equipes de confecção e implantação das placas. O exemplo a seguir apresenta uma das possibilidades de diagramação de projeto executivo, aplicado para um reduzido trecho urbano:

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Para permitir a elaboração de orçamento e a programação da confecção e implantação de placas, é necessária a elaboração de um resumo dos tipos e da totalidade das placas e suportes.

Exemplo de resumo por área de placa e tipo de suporte correspondente


Exemplo de Tabela Resumo de placas e suportes utilizados no projeto





Fique Atento
Mesmo em projetos mais simples, recomenda-se a codificação das placas para que não ocorram dúvidas entre placas similares.

Dicas
A codificação das placas pode ser utilizada para acessá-las em bancos de dados, principalmente os informatizados e georreferenciados.





4º Passo: Memorial Descritivo
O Memorial Descritivo contém informações importantes do projeto, necessárias à contratação da implantação, confecção das placas, aquisição do material e implantação propriamente dita, tais como:



  • especificações mais detalhadas dos materiais utilizados como chapas, suportes,
    elementos de fixação, tintas, películas, iluminação etc;
  • processos construtivos como montagens, modulação, fixação, concretagem etc;
  • quantidades de materiais como placas, suportes e fixadores;
  • procedimentos para implantação, tais como providências necessárias para a interdição de vias;
  • procedimentos relativos à segurança de trânsito e dos trabalhadores envolvidos;
  • cuidados especiais eventualmente necessários como, por exemplo, em sítios arqueológicos,
    em locais próximos a dutos e linhas de transmissão de energia ou a cabos de fibras óticas;
  • outros procedimentos peculiares de cada projeto.
O Memorial Descritivo também pode conter o resumo de todos os elementos que são utilizados na implantação do projeto, classificados por tipo de material e respectivas quantidades.

5º Passo: Verificação Final

A Verificação Final é importante, sobretudo nos projetos de grande porte, em função da complexidade do trabalho. Essa atividade compreende a análise global de todo o Projeto Executivo, inclusive do Memorial Descritivo, com o objetivo de detectar eventuais inconsistências, como: descontinuidade de mensagens; falta de uniformidade nos critérios de colocação de placas; dimensionamento incorreto das placas; indicação de suporte inadequado à área da placa; incompatibilidade com demais sinalizações existentes etc.

Fonte: 
institucional.turismo.gov.br